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No
regime burguês os que trabalham não lucram e os que lucram não trabalham
Friedrich Engels
Este é mais um retrato cantinflesco.
Da galeria dos ministros de António Costa. Neste caso um ex. Ex-ministro.
Pedro Nuno Santos.
Tal como Friedrich Engels,
Pedro Nuno Santos também é filho de um industrial (um no ramo dos lanifícios,
em Manchester, no século dezanove; outro no ramo do calçado, em S. João da
Madeira, na actualidade). Ambos socialistas, bem-parecidos, altaneiros e
façanhudos. Mas receio que as semelhanças fiquem por aí.
Se não, vejamos: Frederico
foi um socialista que defendeu abertamente a igualdade entre os homens numa sociedade sem
classes pugnando contra o regime burguês e contra tudo o que este
prezava, como a propriedade privada, a usura, o lucro, a ganância, a
acumulação, a herança, a santa religião, o casamento (e o
baptismo, a confissão, a penitência, até mesmo a extrema unção). Protector e
principal colaborador de Karl Marx, Frederico escreveu uma porção de obras (A
Sagrada Família, 1845; Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico,
1880 e A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, 1884,
por exemplo) que ajudaram a consolidar aquilo que hoje se chama marxismo.
Pedro Nuno, por seu lado, é
um socialista que já foi ministro (demitiu-se por causa de um diz-que-disse-que-não-sei-quê-que-não-me-alembra-mas-já-vou-ver-no-meu-noutebuque)
e, segundo alguma imprensa, também bastante acantinflada, representa a “ala
esquerda” de um partido socialista que defende a economia de mercado
(!).
Como vedes, não tem nada que
ver.
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