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sábado, 10 de abril de 2021

A fraudulência


Parece que lavra grande indinação nas redes sociais. Tudo porque um juiz, Ivo Rosa de sua graça, resolveu inocentar uma porção de pulhas cujos crimes foram longamente investigados pelo ministério público que, acolitado pelo super-herói do correio da manha, o juiz Carlos Alexandre – mesmo assim foi incapaz de apresentar uma acusação limpa, isenta de tretas e irrefutável de factos.

Está claro que para o correio da manha não há mal que  lhe não venha bem. Em lugar de endeusar um juiz, em breve passará a demonizar outro. Em vez de um super-herói passará a ter mais um super-vilão, um malvado de toga. E a vender ainda mais papel (para grande gáudio do grupo empresarial a que pertence).

Quanto ao leitorado do jornal, aos indignados das redes sociais e ao eleitorado do Chega também lhes cairá bem. A bem dzer porque nofundonofundo todos gostam de odiar, mas certamente também porque muitos deles, tal como a loira das telenovelas, também se sentem irresistivelmente atraídos pelo cafajeste.

Belos tempos para os canalhas, os cínicos, os velhacos e, claro, para os ingénuos. Sim, porque não há fraude sem tótós.

Estamos, portanto, no campo da fraudulência, de que já vos falei aqui. E, como então referi, “Não há melhor palavra para descrever, com propriedade, o clima venéreo dos dias que correm, o seu ar do tempo e o inconfundível fedor do que propagam os jornais”.
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1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

Já limpei a sala onde uma vez expus tua obra
lembras-te?

https://conversavinagrada.blogspot.com/2011/01/pequena-exposicao-figuras-do-meu.html

amanhã estarás lá, com a devida vénia