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Ana
Rita Cavaco é bastonária de uma coisa em forma de assim,
a Ordem dos enfermeiros (foi eleita à segunda volta numas
eleições com 87,65% de abstenção). Já foi governante (adjunta do
secretário d'estado da saúde do XV Governo Constitucional, liderado
por Durão Barroso). Presumo que até tenha sido escuteira, menina
de coro ou acólita e até tenha
participado em imensas e glamorosas acções de voluntariado.
Recentemente
apoiou, com as mãos ambas, e a
pés juntos, uma greve de zelo por tempo indeterminado (leram
bem) nos hospitais públicos,
decretada por dois sindicatos de enfermeiros.
Muito
haveria que dizer sobre a
greve de zelo.
Para o escritor Rui Cardoso Martins, por exemplo, “A greve mais estranha é a greve de zelo, que é esquizofrénica: distorce o direito à greve, o direito ao trabalho e, por assim dizer, o próprio Direito do Trabalho, há uma hilariante legislação para a explicar: "O abrandamento da actividade produtiva pela aplicação minuciosíssima, literal e chicaneira dos regulamentos existentes", escreve o prof. Bernardo da Gama Lobo Xavier. Isto é, "não há propriamente uma abstenção da prestação do trabalho, mas a sua aplicação em termos anormais". Imaginem o funcionário da alfândega abrindo as malas de todos os passageiros,conferindo os pêlos da escova de dentes, etc. Quando certos profissionais "resolvem dar um funcionamento rígido aos regulamentos dos serviços, causando assim enormes atrasos". A greve de zelo, portanto, não é ir para o trabalho e não fazer nenhum, é fazer de mais. As coisas param de tanto funcionar.”
Já para mim, a greve de zelo é, simplesmente, a greve dos cobardes e dos sonsos. A greve dos que não têm tomates para parar o trabalho e dizer em voz alta: não faço isto a não ser que me paguem mais. É a greve dos merdosos.
Para o escritor Rui Cardoso Martins, por exemplo, “A greve mais estranha é a greve de zelo, que é esquizofrénica: distorce o direito à greve, o direito ao trabalho e, por assim dizer, o próprio Direito do Trabalho, há uma hilariante legislação para a explicar: "O abrandamento da actividade produtiva pela aplicação minuciosíssima, literal e chicaneira dos regulamentos existentes", escreve o prof. Bernardo da Gama Lobo Xavier. Isto é, "não há propriamente uma abstenção da prestação do trabalho, mas a sua aplicação em termos anormais". Imaginem o funcionário da alfândega abrindo as malas de todos os passageiros,conferindo os pêlos da escova de dentes, etc. Quando certos profissionais "resolvem dar um funcionamento rígido aos regulamentos dos serviços, causando assim enormes atrasos". A greve de zelo, portanto, não é ir para o trabalho e não fazer nenhum, é fazer de mais. As coisas param de tanto funcionar.”
Já para mim, a greve de zelo é, simplesmente, a greve dos cobardes e dos sonsos. A greve dos que não têm tomates para parar o trabalho e dizer em voz alta: não faço isto a não ser que me paguem mais. É a greve dos merdosos.
Mais
palavras para quê.
Ah,
esta cavaca também pertence a outra coisa, esta em forma
de assado: ao Conselho nacional do PSD, eleita nas listas
de Passos Coelho. E agora também, claro, à minha galeria de
caricaturas do rosto da classe dirigente.
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