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Ao
contrário de outros povos em cujas idiossincrasias a estupidez e a
presunção de superioridade encontram formas ostensivas e até
orgulhosas, os portugueses desenvolveram a mais cobarde, dissimulada
e hipócrita forma de racismo que eu conheço. Verdadeiramente
repugnante.
A
jovem realizadora de cinema Inês Teles deu a ver a todo-o-mundo este
curioso racismo em-forma-de-assim, retintamente português.
Corajosa e magistralmente, numa curta de apenas onze minutos, deu-lhe
a forma de um batráquio – aludindo ao costume (ou tradição?) de
prantar um sapo de louça à entrada de casas ou
estabelecimentos com o objectivo de desencorajar a presença
de ciganos - para quem o animal (ou a sua simples representação)
tem uma conotação aziaga, repugnante.
André
Ventura é o jovem comentador de bola do correio da manha que
é candidato à câmara municipal de Loures plo Pêéssedê. O seu
discurso inflamado encanta todo este bom-povo de tão bons e
idiossincráticos costumes. Ventura diz-lhes em alta-voz tudo o que
eles gostam de ouvir mas nunca ousam articular, salvo sob anonimato,
na caixa de comentários do correiodamanha.
Apóstolo
do benfiquismo,
biógrafo oficial do Luis Filipe Vieira, primo de Pedro Guerra e
afilhado de Rui Gomes da Silva, Ventura até escreve livros a quatro
mãos com a taralhóloga
Maya - mas não é um águia, é
um batráquio - um batráquio que é porta-voz do trumpismo
saloio e candidato
natural dos batráquios.
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1 comentário:
Perfeito, não acrescentaria uma vírgula!
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