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A
classe dirigente portuguesa não cessa de espantar pela constante
capacidade de enfim, espantar,
sem nunca se envergonhar. Os seus rostos mais notórios não se
cansam de saltar de galho em galho, sempre para cima, de lugar
em lugar,
sempre com o objectivo no topo.
O
novo inquilino do palácio das necessidades, por exemplo, tem tudo o
que o recomenda para o desempenho de tão alto lugar:
Para
além de ser quadro
superior da EDP, já
foi quase tudo o que os seus semelhantes apenas sonham: deputado em
várias legislaturas, administrador
do Banco de Portugal, consultor jurídico numa conhecida firma de
advogados, ministro dos Assuntos Sociais, ministro da Justiça,
ministro da Defesa, vice-primeiro-ministro, presidente do Pêpêdê,
presidente da Fundação Luso-Americana e, last
but not least, membro
do conselho consultivo do BPP de João Rendeiro e presidente do
conselho superior da Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do
BPN de Oliveira Costa.
Ou
seja, Rui Machete, o nosso homem das
necessidades tinha
cargos de honra
em duas das mais conhecidas quadrilhas de malfeitores portuguesas (o
que quer dizer que se trata de alguém tido em alto conceito isto é, alguém amplamente respeitado, pelo crime organizado em geral). Talvez tenha sido isto mesmo que determinou a sua escolha
para o cargo de chefiar os negócios
estrangeiros. No
mundo do crime internacional o respeitinho
é muito bonito -
e recomenda-se. E a honra,
claro. Também. Capiche?
.
3 comentários:
Com o devido agradecimento, já roubei e, como são do mesmo bando, levei também o miga, para ilustrar as companhias de um candidato, pertencente ao bando, que o trouxe à Guarda para animar a campanha.
Porra é mesmo demais.
Abraço,
mário
De Mestre Especializado em Negócios Esquisitos a Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, ele foi e é um verdadeiro MENE.
MUITO BOM
se fosse Professor de Artes Visuais
- e eu formador - atribuia-lhe o tal 14 para passar
abraço
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