Apesar de a Figueira da Foz estar exposta a uma frente atlântica, o seu subconsciente profundo é bafejado por ventos muito mais “meridionais”. Talvez seja por isso que a política por aqui é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a respública uma espécie de “cosa nostra”.
É verdade que algo vem mudando. Isto é visível na entrada de novos nomes sem quaisquer pergaminhos para as listas de candidatos à Assembleia Municipal pelos partidos do poder. Mas, segundo a velha máxima siciliana enunciada por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, o que muda é apenas o bastante para que tudo permaneça igual.
Em épocas de certo modo convulsas, as velhas famílias apostam tudo nos seus vultos mais notáveis. E estes, movimentam-se muito afoitos e azougados pelas várias candidaturas “com hipóteses”. Basta uma, ainda que desatenta, observação das listas de candidatos à Câmara para constatar a curiosa distribuição de apelidos conhecidos.
Mas ainda não foi desta que o mais discreto de todos, aquele a quem chamam “o senador”; a eterna promessa adiada do “socialismo empresarial“ figueirinhas; a “eminência parda”, enfim, o verdadeiro “cappo dei tutti cappi”, Fernando Cardoso, avançou.
Talvez este facto se explique porque a esposa, (de quem, à semelhança de Joana Aguiar de Carvalho, ninguém conhece qualquer tomada de posição política pública) já conquistou, à outrance, um invejável lugar elegível, na mesma lista.
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O “retrato” do cromo de hoje do meu Álbum Figueirense é um desenho antigo, da mesma época deste e deste, e talvez por isso um tanto desactualizado, mas é inédito, ou seja, nunca foi publicado.
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É verdade que algo vem mudando. Isto é visível na entrada de novos nomes sem quaisquer pergaminhos para as listas de candidatos à Assembleia Municipal pelos partidos do poder. Mas, segundo a velha máxima siciliana enunciada por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, o que muda é apenas o bastante para que tudo permaneça igual.
Em épocas de certo modo convulsas, as velhas famílias apostam tudo nos seus vultos mais notáveis. E estes, movimentam-se muito afoitos e azougados pelas várias candidaturas “com hipóteses”. Basta uma, ainda que desatenta, observação das listas de candidatos à Câmara para constatar a curiosa distribuição de apelidos conhecidos.
Mas ainda não foi desta que o mais discreto de todos, aquele a quem chamam “o senador”; a eterna promessa adiada do “socialismo empresarial“ figueirinhas; a “eminência parda”, enfim, o verdadeiro “cappo dei tutti cappi”, Fernando Cardoso, avançou.
Talvez este facto se explique porque a esposa, (de quem, à semelhança de Joana Aguiar de Carvalho, ninguém conhece qualquer tomada de posição política pública) já conquistou, à outrance, um invejável lugar elegível, na mesma lista.
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O “retrato” do cromo de hoje do meu Álbum Figueirense é um desenho antigo, da mesma época deste e deste, e talvez por isso um tanto desactualizado, mas é inédito, ou seja, nunca foi publicado.
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2 comentários:
Passei por aqui ouvi um pouco de música e deixo as minhas saudações. Boa noite.
genial a comparação, e de facto é o que se prepara para acontecer na Figueira, tudo muda para tudo continuar na mesma
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