No sec. XVII, o Padre António Vieira, neto de uma africana, descobriu (era muito viajado) que os pretos, os índios, e até os judeus, tinham alma. Ele desconfiava mesmo que as mulheres também, mas nunca ousou dizê-lo. Mesmo assim, viu-se aflito com a santíssima inquisição. Só escapou ao churrasco porque era muito dotado e – convenhamos, como sempre em Portugal – porque, apesar de tudo, tinha muitos conhecimentos…
Quatro séculos depois, o comandante em chefe da Igreja portuguesa, o Cardeal Policarpo, acha que o Padre Vieira é “um exemplo a seguir, na radicalidade e na acutilância das suas propostas”.
Bravo!
Presumo que isto possa configurar uma espécie de perestroika, mas em púrpura.
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