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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Nós os ricos, táver...


 

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"Vamos ter residências todas renovadas que, daqui a cinco anos, vão estar todas degradadas. Quando metemos pessoas de rendimentos mais baixos a beneficiar do serviço público, sabemos que se deteriora. É assim nos hospitais e nas escolas públicas". Fernando Alexandre, ministro da educação e do ensino superior.

Este discurso, de um classismo sofismático armado aos cágados, é um atavismo reaccionário profundamente português. Nem sequer é um pensamento político - apenas o reflexo de um sentimento generalizado; uma falta de consciência política que culpabiliza os pobres pela pobreza e interioriza que “ter rendimentos mais baixos” é um anátema insuportável.

O que o torna patético é ter sido proferido em público pela cândida imbecilidade de um gandarês que nasceu na Gafanha da Nazaré, já aviou copos numa discoteca em Quiaios, tem responsabilidades políticas e fala com a presunção suficiente e petulante de nós os ricos, táver...

É mais um cromo para o rosto hediondo da javardice.

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