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Miguel Albuquerque é Presidente do Governo Regional da Madeira desde 2015. Acaba de ser reeleito, se a memória não me falha, pela terceira vez consecutiva. Albuquerque é daquele género de políticos, como Isaltino de Morais, que agradam às mais amplas maiorias. As pessoas acham-lhes um piadão.
Sujeito com muitos predicados, além de advogado, floricultor e criador de rosas (e nessa qualidade, membro da Royal National Rose Society, da The World Federation of Rose Societies e da American Rose Society) Albuquerque também é suspeito num processo-crime por corrupção, participação económica em negócio e prevaricação, para além da eventual violação das regras comunitárias em matéria de adjudicação. A investigação foi aberta em 2019, no Funchal. Em causa está a eventual relação entre negócios privados imobiliários de Miguel Albuquerque e o ajuste directo da concessão da Zona Franca da Madeira ao Grupo Pestana. Em 17 de março de 2021, na sequência de uma denúncia anónima, vários serviços do Governo da Madeira foram alvo de buscas, estando em causa “factos susceptíveis de integrar a prática de crimes de prevaricação, corrupção e participação económica em negócio”. Elementos da PJ e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) realizaram também, a 13 de maio de 2021 buscas nas instalações do Governo da Madeira, no âmbito do concurso relativo à ligação marítima entre o Funchal e Portimão, confirmou o executivo regional”.
Outro dos predicados que faz dele um político tão do goto popular é a sua capacidade, admirável, de dar o dito por não-dito. As pessoas que votam como jogam no totobola, pondo a cruz naquele que acham que tem mais probabilidade de vencer, adoram políticos assim. Sentem que também ganham quando eles vencem. É tudo psicológico, claro. Mas eles não se importam.
Porém, além de tudo isto Albuquerque também é um homem de sorte. E algum engenho, convenhamos: mesmo quando não logra a vitória eleitoral absoluta, Miguel tem artes de logo encontrar um partido, pequenino e prestável, que se põe a jeito para a garantir. Em menos de vinte e quatro horas achou o Pã. Ele não é esquisito. Além da plítica, do poder, das rosas e do imobiliário, Albuquerque gosta de toda a bicharada.
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- toda a informação a respeito do curriculum de Miguel Albuquerque foi retirada, ipsis verbis, do seu verbete na wikipedia, ao qual apenas me permiti corrigir o infame ortografês em que vem redigido.
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2 comentários:
Falta acrescentar neste currículo que Miguel Albuquerque também é caçador....
É tudo o que lhe faltava para se juntar ao PAN...
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