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Todos se encabritam contra o Cabrita. Todos querem a cabeça do Cabrita. O Cabrita é desastrado. O Cabrita tem mau-feitio. O Cabrita parece prepotente. O Cabrita não tem “boa imprensa”. O Cabrita é como um cavalo num hospital. Todavia, e a bem-dizer, o Cabrita não é pior do que qualquer dos outros. Ele é, apenas, o mais azarado.
Dizem que, ao designar um general, Napoleão perguntava-lhe sempre “se tinha sorte”. Não sei se António Costa tem este costume a propósito da nomeação dos seus ministros. Não me parece. A verdade é que, em Portugal, ninguém espera de um ministro (nem quem o designa) que tenha rasgo ou, melhor que tudo, “sorte”. O que se espera de um ministro em Portugal é que “faça o lugar” e não ondas.
O que me parece é que, quando nomeou Cabrita, Costa já sabia. Assim ninguém repara nos outros. Apesar disso também me parece que, para colher tanto ódio da direita e dos jornais, em algo o Cabrita deve ter acertado.
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2 comentários:
«Apesar disso também me parece que, para colher tanto ódio da direita e dos jornais, em algo o Cabrita deve ter acertado.»
Sigo e subscrevo este raciocínio, e nem procuro saber qual o acerto...
Palavras sábias, meu caro Fernando.
Se a direita o odeia tanto e pasquins de serviço não se calam, algo de bom o homem deve ter.
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