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Não embarco na ideia do fim da
História. Nos anos 80 e 90, o pós-modernismo foi a versão cultural do
neoliberalismo. Nós aprendemos a criar em cima de um tripé: a estética (a busca da beleza), a técnica (a oficina da
arte, o saber fazer) e a ética (não há criação fora de um contexto
comunitário). Se faltar um dos pés, o tripé cai. O que realiza fisicamente uma
obra é a sua partilha. O que o pós-modernismo nos vem dizer é que essa parte da
ética não interessa para nada, não há compromisso. Que, na arte, pode haver
neutralidade, pode não haver relação com uma comunidade. É mentira. Há sempre
um compromisso. Mesmo que o compromisso seja afixar um não-compromisso.
José
Mário Branco
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1 comentário:
Meu caro
coloquei este texto
e teu traço
lá no meu espaço
Abraço
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