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Estamos enterrados em convenções até ao pescoço:
usamos as mesmas palavras, fazemos os mesmos gestos.
A poeira entranhada
sufoca-nos. Pega-se. Adere.
Há dias em que não distingo estes seres da minha
própria alma; há dias em que através das máscaras vejo outras fisionomias, e,
sob a impassibilidade, dor;
há dias em que o céu e o inferno esperam e desesperam.
há dias em que o céu e o inferno esperam e desesperam.
Pressinto uma vida oculta, a questão é fazê-la vir à supuração.
in Húmus
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1 comentário:
E este post despertou-me para a releitura dos três volumes que me olham da estante. Quem conhece hoje Raul Brandão?
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