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domingo, 7 de agosto de 2016

Magalhães e os bons costumes

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Nuno Magalhães é deputado. Do CDS.
Magalhães acha que o convite da Galp ao secretário de estado das Finanças foi legítimo. E que ilegítimo foi aquele aceitar.
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Se bem entendi, para Magalhães a corrupção activa é bem, é cool; só a passiva é condenável. Ou seja, aliciar (corromper, subornar) é fino, quiçá até recomendável; ser aliciado é mau, vil, criticável.

Tenho a certeza de que para este magalhão (e para o inflexível código moral que ele defende) o problema da pedofilia é a existência dos fedelhos. E que, para ele, se não existissem mulheres não haveria violência conjugal; nem racismo, se não houvesse pretos, e ciganos e assim. E o nazismo e a solução final foi tudo culpa dos judeus, e dos comunas, claro. Para Magalhães e os seus, as raposas são vegetarianas. O problema é a existência de galinhas. 

Para ele, e os que partilham os mesmos pruridos de probidade, a prostituição é imoral e por isso condenável (tem que ver com sexo). Já o proxenetismo (a chulice) é empreendedorismo (tem que ver com dinheiro e comércio livre) e por isso recomendável .  Não sei se estão a ver.
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1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

"Para Magalhães e os seus, as raposas são vegetarianas. O problema é a existência de galinhas."

Todo o texto é brilhante, mas esta é "uma ganda malha!"