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segunda-feira, 20 de julho de 2015

O generalíssimo Franco

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No passado dia 17 cumpriram-se 79 anos do pronunciamento militar que deu origem à guerra civil de Espanha*.
Três anos e mais de quatrocentos mil mortos depois venceria o lado direito da coisa, liderado pelo generalíssimo Francisco Franco (de quem já falei aqui) que, não desfazendo, haveria ainda – durante os quarenta anos seguintes - de tirar a vida a mais dois milhões dos seus concidadãos e de obrigar outros tantos ao exílio.
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De qualquer modo, nem tudo é triste. Este ano também é uma efeméride redondinha e feliz: faz quarenta anos exactos do generalíssimo passamento. Na cama. Depois de uma loonga agonia. Por la Gracia de Diós, coño.
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*O meu avô João, que por lá andava a fazer pla vida, teve que alinhar. E alinhou, para meu grande orgulho e satisfação, pelo lado certo, o que perdeu. 
O meu avô sobreviveu, mas não gostava de falar nisso. Refugiado em França, daí foi expatriado de volta ao nosso querido, imperturbável e, como sempre, neutro Portugal. Depois disso, teve uma vida atribulada e inquieta (persona non grata em Espanha por quarenta anos, imagino o que sentia ao atravessar esse grande país em trânsito para França, onde trabalhou durante os anos cinquenta e o início dos setenta). 
Mas ainda pôde assistir, calma e penso que alegremente, de longe, ao longo desenlace da triste vida do generalíssimo de los ejercitos, caudillo de España y de la Cruzada
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