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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Aguiar-Branco e a instrução dos mancebos

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O pedante é um imbecil adulterado pela educação 
Miguel de Unamuno

A classe dirigente portuguesa usa invariavelmente um discurso urbano e uma pose de ponderação, sensatez e aparente comedimento reflectido.
No entanto, alguns dos seus mais destacados protagonistas vêm revelando à outrance, os seus verdadeiros instintos. Cada vez mais à vontade, sempre que abrem a boca saem-lhes cândidamente, aos borbotões, autênticas pérolas negras cujo brilho ilumina os mais recônditos refêgos da suas almas boçais.
É o caso de Aguiar-Branco, o ministro da Defesa.
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Já há dois anos o país inteiro salivou, impressionado, com a sua inusitada verve enciclopédica. Em 2010, no seu discurso do 25 de Abril conseguiu, entre um arroubo de erudição google e um assomo de um sentido de humor tão equívoco e tortuoso como pretensamente sofisticado, defender o liberalismo mais esgrouviado com o recurso a citações de marxistas, leninistas, integralistas e até de cantores populares.
Agora, na abertura do ano académico do Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa,.defendeu a revisão da Constituição porque “existe em Portugal a tentação do estado-totalitário”.  Segundo Aguiar-Branco, “o estado-social  absorve a sociedade ao ponto de se tornar totalitário”. Nem é preciso dizer que foi precedido por António Barreto (sobre quem já me debrucei aqui) que na sua prelecção aos mancebos, também defendeu, claro, que se abrasasse de imediato com o estado-social, perdão, uma “profuuunda revisão da constituição”.
Não há como ouvi-los falar. Se um diz Mata, outro diz Esfola. 
Assim se instruem os mancebos em Portugal.
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2 comentários:

O Puma disse...

Este ministro é estrábico

Luis Filipe Gomes disse...

vão-se repetindo e na repetição esperam que a mentira se torne verdade.