.
a
criação é a mais eficaz de todas as escolas
de paciência e de lucidez
Albert
Camus
.
Quando, em Março de 2007, iniciei este blogue, nunca
supus que teria tanto para partilhar com o infinito virtual.
Mas nem tudo o que me acontece sou capaz de explicar. Bem
tento. Aprendi a aceitá-lo assim. Como este retrato
de Albert Camus, que se me impôs como
que por acaso ou feliz ocorrência, exactamente no milésimo post deste pobre
diário ilustrado. A verdade é que me surgiu, na sequência da releitura há
tempos, de “A Queda”, com o propósito de o editar a 7 de Novembro, dia em que
nasceu em Mondovi, Argélia, no ano da graça de 1913 (ano vintage, que também deu ao mundo Edgar Cardoso e o poeta Vinicius, por
exemplo).
.
Devo dizer que partilho com Camus mais do que uma afinidade.
Por exemplo, tal como ele, também eu sou um “pied-noir” – alguém dividido entre dois mundos mas confinado a uma
só língua (que é a sua única pátria) para exprimir toda essa perplexidade.
No entanto, como não fui helas dotado do seu génio para a transmissão de ideias pela escrita,
eu também faço gestos - gesticulo imenso (faço desenhos: em papel, tela, em paredes
e tectos, no ar, até no espaço virtual) em busca de uma expressão possível da estranheza da existência.
E nem por isso me faço mais compreendido.
Talvez porque, como ele também
referiu, “o absurdo é a razão lúcida que
constata os seus limites”.
.
2 comentários:
Que venham mais mil postas.
Uma de cada vez que são deslumbre para se apreciar devagar, como quem fuma um cigarro pensativo... E cigarros há, que se acendem com o anterior.
Saúde, Felicidade e Alegria para tanto, são os meus votos!
Não devo andar longe das mil visitas, mil momentos saborosos que agradeço.SAÚDE!
Enviar um comentário