O presidente promulgou, finalmente, o orçamento. E o
ministro gaspar lá mandou injectar, no último dia de 2012, mais um camião de
dinheiro na banca privada, desta feita no BANIF.
Está
tudo bem assim e não podia ser de outra maneira.
Eis, finalmente, o Ano Novo. O imarscecível 2013.
A coisa começa portanto exactamente no ponto onde o outro
acabou. Chama-se, suponho, evolução na
continuidade.
.
O meu programa das
festas para este ano também é, de algum modo, mais do mesmo: continuar, entre outras coisas, a mostrar, em traços
resumidos, o nefando rosto da classe dirigente: o de hoje é esse génio
descabelado e alvar que dá plo nome de Fernando
Leal da Costa e é secretário de estado da Saúde.
.
Fernandinho "considera que os portugueses têm a
obrigação de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde
(SNS), prevenindo doenças e recorrendo menos aos serviços". Digam lá
que não é genial. O homem tem tudo, mas tudo, para ser ministro.
Ou seja, para o Serviço Nacional de Saúde ser sustentável
é preciso que os utentes não o utilizem.
Sim, porque o governo de Portugal já está a fazer a sua
parte: no ano que hoje começa aumentam também as taxas moderadoras, que passam
a ser autênticas multas a quem fica doente (ah poisé bébé, chama-se efeito dissuasor).
Em breve, para além de sustentável, o SNS passará a dar
lucro. Depois, privatiza-se, claro - as coisas têm que ser bem geridas - como diz
o bórgia das privatarias.
Por isso, coragem, portugueses: não comam, nem bebam, nem fumem, nem fodam. Não se mexam. Não respirem.
Façam força, apenas. Estais
quase lá.
.
1 comentário:
O fascismo lança os seus loucos para a ribalta e os débeis de espírito aplaudem e voltam a chamá-los à cena para representarem a sua própria morte.
Enviar um comentário