Manuel Dias Loureiro é a prova viva de que o clima de negócios é muito mais ameno em Portugal do que no Dubai ou em Singapura e do quanto por cá a justiça é pródiga com os pulhas.
Podem crer. Ora vejam, continuem a ler por aqui abaixo.
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Dias Loureiro nasceu em Aguiar da Beira, coitado. Mas depois,
foi por aí acima. Chegou a advogado em Coimbra-meu-deus, a ministro a seguir e, finalmente, a conselheiro de estado.
Segundo as suas próprias palavras, Dias Loureiro “saiu do
governo sem dinheiro” e seis anos depois declarava mais rendimentos do que
Belmiro de Azevedo.
Seis anos, caralho. Há ou não há coisas fantásticas? - (diz que sim e que são verdes).
"As pessoas vêem que ganhei dinheiro,
mas não vêem que trabalhei sempre muito. E fiz negócios bem sucedidos",
diz ele. Claro que sim. Como um mouro. Em Marrocos. E em Porto Rico.
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Mais uns anos depois, na sequência do seu alegado envolvimento em negócios ilegais
da SLN, a justiça portuguesa não conseguiu penhorar-lhe a ponta
de um corno (zero, rien du tout, nothing, nada): depois de rigorosa análise ao
seu património, por investigadores certamente competentes claro, as conclusões mostraram que os imóveis
estão registados em nome de familiares ou pertencem a empresas sediadas em
paraísos fiscais. Além disso, as contas bancárias que o antigo braço direito de
Oliveira Costa no BPN tem em seu nome possuem saldos médios que não ultrapassam
os cinco mil euros.
Dias Loureiro diz que é muito difícil passar por isto, mas aguenta. Ai
não que não aguenta.
Ele é um estóico - até dorme, segundo diz, sem tomar comprimidos. Como um justo, o
filho da puta.
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