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A imprensa escrita já teve melhores dias.
A imprensa escrita local (Figueira da Foz e região) também.
A irrelevância deste meio de comunicação está aliás à vista de todos, todos os
dias.
Ao contrário do que porventura pensam ainda os infelizes detentores
destes meios de comunicação social, hoje, os factos acontecem mesmo que não sejam noticiados.
Infelizmente, a relevância dos acontecimentos está cada vez mais na razão
inversa do destaque que lhes é dado por estes donos da verdade publicada. Ou
seja, se nem tudo o que vem nos jornais é verdade, cada vez mais há verdades
que não vêm nos jornais.
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Apesar do evento ter sido premeditada e olimpicamente ignorado
por toda a imprensa local (incluídos os dois diários de Coimbra que supostamente
cobrem a actualidade local) a inauguração da minha exposição Achados & Caricaturas
foi um rotundo êxito: ontem, a partir das seis e meia, a magnífica sala de
exposições do Tubo d’Ensaio d’Artes esteve cheia várias vezes como um ovo e, pelo que me foi
dado ver, as pessoas (pelo menos até à hora do jantar) divertiram-se imenso.
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Por isso eu não sou dos que se juntam à litania colectiva
pela decadência e morte anunciada da imprensa escrita, esse meio de comunicação
cujos donos e colaboradores pensam
que podem impedir a existência ou relevância de certos acontecimentos sonegando-lhes
a difusão através da sua negação contumaz.
Dizem-me que o semanário O Figueirense vai fechar em Dezembro (eu sempre achei que aquele
jornal acabaria por dar uma boa notícia) - já vai tarde. Quanto aos outros, e como
não aprecio verdades parciais, se demorar muito, eu espero.
Posso fazê-lo. Agora,
felizmente, existem as redes sociais.
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Como referi à enviada do Diário de Coimbra (única representante
da comunicação social presente), a arte como a entendo, não se dirige ao olhar
e muito menos ao coração. Como Duchamp, também detesto a arte puramente retiniana e, ainda mais, a estupidamente sentimental. Eu aponto sempre ao olho mas o verdadeiro alvo, confesso, é o
cérebro das pessoas – e, para a inteligência, o humor é uma arma infalível: torna
fácil identificar as que atinjo. São as que se divertem.
(fotos daqui)
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1 comentário:
E o que eu gostava de ter ido
E o que eu gostava de ir
Feliz, por ti
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