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Joaquim Miranda Sarmento, o novo ministro d'estado e das Finanças, é um génio. Fiz-lhe um retrato onde, num esforço que espero que não vos passe demasiado despercebido, tentei muito discretamente sublinhar esse traço, já por si bastamente reluzente, do seu temperamento. É mais um retrato para o meu álbum o rosto da classe dirigente, aqui ao lado na barra lateral.
Não lhe escapa nada. O nosso Jqnzinho descobriu sozinho - vejam bem - que afinal o défice do estado já vai em qualquer coisa como para aí uns seiscentos milhões de aéreos. E o problema é de tão alarmante gravidade quando em Janeiro deste ano havia mesmo, dizque, um excedente de 1,2 mil milhões. Sarmento também descobriu que o governo anterior terá lançado tudo às urtigas, sobretudo a santa prática da cativação, já depois das últimas eleições legislativas - isto é, alegadamente (deve escrever-se sempre alegadamente) o ex-ministro Medina terá ligado o foda-se e, como um labrego quando vai às putas, desatou a gastar à grande e à francesa quando já estava “em gestão”.
Mas não se inquietem nem se amofinem, que é precisamente para isto mesmo que os portugueses escolhem sujeitos como Miranda Sarmento para ministros das finanças – para pôr ordem no caos; ou as finanças na ordem, ou lá o que é. Enfim, salvar a pátria; ou a lavoura, ora.
Contudo, embora ele próprio seja um alho extremamente entendido na matéria (é professor de finanças no izégue e na Católica Lisbon secúle ófe bizenésses énde económiquess e foi assessor económico do Cavaco e tudo) para sanear as finanças da nação Sarmento precisa - até os génios precisam de ajuda - de assessores técnicos especialistas devidamente qualificados para o coadjuvarem nessa gloriosa tarefa. E tomou as suas providências, claro. Por isso fiquei encantado com esta notícia do Correio da Manhã que transcrevo na íntegra para todos vós, os quatro ou cinco leitores deste magnífico blogue:
Gostaram? (reparem como, em 2014, o jovem Durãosinho, que tinha então apenas vinte e um anos, já era um caso notável de reconhecida competência profissional) É ou não é um descanso, saber que a pátria e as finanças e o banco de Portugal e tal estão afinal em tão boas mãos?
Nota de rodapé...............................................................................
Na mesma notícia porém, e sabe-se lá porquê, o Correio da Manhã achou pertinente sugerir-me ligações para outras duas (deve tê-las achado vagamente relacionadas). Uma rezava assim: “Durão Barroso vai casar em Julho” e a outra assim: “Durão Barroso: “Nunca recebi pressão da EDP”. Decididamente, nunca hei-de entender este jornal. Nunca sei se estou na presença singela da santa ingenuidade, do simples mau-gosto e da estupidez natural ou da mais maligna e retorcida perversidade - ou de tudo isto em simultâneo.
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3 comentários:
Filho de peixe sabe nadar no mar das finanças.
O Sar_mente é um grande cromo...
Já não consigo pasmar!
Abraço
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