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O mundo está a ficar mais imbecil e absurdo; e a vida, cada vez mais incompreensível e insuportável. Heitor Chichorro morreu ontém.
Não éramos muito próximos. A última vez que estivemos juntos foi quando, sempre pródigo e generoso, se deu ao trabalho de visitar a exposição que fiz no Tubo d'Ensaio de Artes, em 2012. Mas ia sabendo dele através do Facebook, onde ele partilhava algumas das suas maravilhas. Chichorro trabalhou sempre, até ao fim de uma vida admirável. Dono de um sentido de humor categórico e desinteressado, extravagante (pouco dado a reticências, eufemismos piedosos ou encomiasmos superlativos) tenho para com ele uma inesquecível, e impagável, dívida de gratidão, que expliquei aqui.
Há poucos homens assim, que eu respeite sem reservas. Agora ainda menos.
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