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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O calvário de Julian Assange.

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O país que se recusou a extraditar um estafermo como Pinochet prepara-se para o fazer com Julian Assange. 

Sem Assange nunca saberíamos, por exemplo, que em Portugal, o presidente Cavaco deu aval à sórdida trasfega de carne humana para Guantánamo congratulando-se, na sua cândida imbecilidade, porque o país “tem uma imprensa muito suave”.

Eis uma coisa que nunca saberíamos pelos jornais.

Receio que correrá muita água debaixo das pontes até que um jornal de “referência” português defenda (e pratique) uma verdadeira liberdade de informação - sem critériosinhos de oportunidade.

Mas Assange deu-nos a saber muito mais coisas que nunca saberíamos só pelos jornais. E até coisas que os jornais, com os seus critériosinhos d’oportunidade, nunca divulgaram. Eu, por exemplo, ainda estou à espera da lista dos “jornalistas” avençados do senhor Salgado.

Suponho que também é isso que não lhe perdoam.

 

2 comentários:

cid simoes disse...

Uma vez mais a criatividade do FCampos.
A "informação" que temos é a que os donos dos media nos querem dar e os "Assange" são estorvos a liquidar.

Xlongo disse...

Meu caro Fernando Campos
Não sejamos ingênuos, Jornais de referência em Portugal é coisa que não existe.
Enquanto os jornais estiverem sobe o controlo do grande capital e agências noticiosas nunca serão livres. E referência só se for referencia para os do costume.
Um abraço