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A última grande contratação do sector público para o campeonato
nacional da alta finança é um pontadelança.
Ou um mister, não sei bem.
António
Domingues é o xepéxialuóne
dos gestores de ponta. Vai gerir a Caixa Geral de Depósitos e vai ganhar quase
tanto como Fernando Mendes (o actor que apresenta o Preço Certo na televisão pública) ou José Rodrigues dos Santos (o outro
cómico que apresenta, logo a seguir, o noticiário das oito, também na televisão
pública).
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Domingues está para o banco público mais ou menos como o
Casillas para o FêQuêPê – também estava a preparar-se para, posto em sossêgo, degustar o doce fruito de uma merecida e esforçada
reforma quando o foram desinquietar com o aliciante e irrecusável repto de fazer
qualquer coisa grande outra vez.
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Mas como não há vedeta sem caprichos também não há grande
campeonato sem polémica - o que, diga-se, apimenta a competição - Domingues recusa-se,
porque-sim, a apresentar a declaração
de rendimentos, como dizque
manda-a-lei, ou os regulamentos ou lá o que é.
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Em todo o caso espero que acabe tudo em bem - quero
dizer, que o sector público seja enfim bocejado
pla sorte. Mas para já, fiz-lhe o retrato, para o meu álbum de “rostos da
classe dirigente”.
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