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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

António Domingues

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A última grande contratação do sector público para o campeonato nacional da alta finança é um pontadelança. Ou um mister, não sei bem.
António Domingues é o xepéxialuóne dos gestores de ponta. Vai gerir a Caixa Geral de Depósitos e vai ganhar quase tanto como Fernando Mendes (o actor que apresenta o Preço Certo na televisão pública) ou José Rodrigues dos Santos (o outro cómico que apresenta, logo a seguir, o noticiário das oito, também na televisão pública).
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Domingues está para o banco público mais ou menos como o Casillas para o FêQuêPê – também estava a preparar-se para, posto em sossêgo, degustar o doce fruito de uma merecida e esforçada reforma quando o foram desinquietar com o aliciante e irrecusável repto de fazer qualquer coisa grande outra vez.
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Mas como não há vedeta sem caprichos também não há grande campeonato sem polémica - o que, diga-se, apimenta a competição - Domingues recusa-se, porque-sim, a apresentar a declaração de rendimentos, como dizque manda-a-lei, ou os regulamentos ou lá o que é.
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Em todo o caso espero que acabe tudo em bem - quero dizer, que o sector público seja enfim bocejado pla sorte. Mas para já, fiz-lhe o retrato, para o meu álbum de “rostos da classe dirigente”. 
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