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Os jardins também se desenham.
Embora não seja nenhum Le Nôtre (não sou obcecado pela simetria e pela grandiloquência)
também sei usar um cordel e escolher as espécies; mas gosto mais de observar, aproveitando
os acasos.
O esplendor do meu jardim (se assim lhe posso chamar) é
no Outono.
É quando o desenho mais acentua os contrastes cambiantes e as cores
explodem entre as sombras. É uma alegria breve, bem sei. Trata-se de uma beleza
funesta, perecível. Sobressaltos de prazer em pequenas sensações (mais aqui). Puro deleite
para contemplativos dados à reflexão.
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1 comentário:
Farei
tudo o que posso e sei
para que em teu jardim
passe um rio
sereno
seguindo
o rumo certo
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