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Conheço
a tanga dos racionalistas.
Vão-nos levantando obstáculos racionais e o que
acontece é que se cagam de medo.
Quando há demasiado cérebro é porque há poucos
tomates. Entendido?
Manuel
Vasquez Montalbán, in As termas
António Guerreiro publicou, no jornal Público de
10/7/2015, uma interessante reflexão sobre o “novo realismo”.
Trata-se de uma arguta e assertiva observação crítica da “nova”
atitude filosófica que tão bem caracteriza
e define muita da solene “sensatez” dos políticos do arco-da-governação e da
maior parte dos opinadores avençados da nossa imprensa dita “de referência”.
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O que se passa contudo com o senhor Tsipras não me parece
que se possa considerar uma adesão sem reservas a essa “nova” atitude moral e filosófica.
Não, o Syriza
não caiu na “real”, embora tenha embarcado em bizarros mind games com esse doutor Strangelove que é o senhor Shäuble. E
também não me parece que o pobre Alexis seja um “conservador cínico e trocista”.
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Penso que é muito mais prosaico do que isso. Acho que o coronel Villavicencio, a banhos nas termas de Montalbán, tinha razão: quando
há demasiado cérebro é porque há poucos tomates.
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1 comentário:
O conto-do-vigário em grande escala.
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