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O senhorsalgado foi detido porque, segundo as notícias, havia a hipótese de, em liberdade, destruir
provas. Após algumas horas de ameno interrogatório, na presença do seu advogado
(sobre quem já me debrucei aqui), foi-lhe prescrita uma caução de três milhões
de euros. Assim uma coisa “à americana”. O senhorsalgado foi em paz e segundo
as notícias, tinha um mês para pagar ou recorrer. O senhor salgado, certamente
aconselhado plo seu advogado, deve ter prometido que se portava bem e não
destruia provas ou assim. Soube-se agora que o pulha já pagou – por transferência
bancária e sem a prestação de garantias. Três-3-três milhões de aéreos.
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A justiça em Portugal é assim. Não é como na América. Num
país de direito (e de liberdades e de garantias) como Portugal, a um arguido são–lhe
sempre dadas imensas garantias - só vai
dentro se, por exemplo, não tiver um advogado como o do senhorsalgado. Na América
não. Na América, um escroque como o senhorsalgado, o senhor Madoff, foi
julgado, condenado, expropriado (e toda a família) e posto a ferros – depois
deitaram fora a chave.
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Em Portugal diga-se, também ja se tratou assim os
escroques, mesmo os de famílias influentes. Eram postos a ferros, as famílias expropriadas
e banidas – até o chão que lhes pertencia era salgado – devia ser por causa das moscas. Mas isso foi no tempo terrível
do malvado Sebastião José de Carvalho e Melo, quando este país não era um país
de direito ou assim, sei lá, abençoado plo espíritosanto.
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Hoje já não há intendente. Hoje em dia em Portugal os
escroques têm todas as garantias. Até porque quem lidera a investigação
criminal, a senhora procuradora Joana Marques Vidal, não teme que eles destruam
provas, que continuem na má-vida (sei lá, a praticar crimes ou assim) ou que fujam
para o estrangeiro.
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