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Passados quarenta anos exactos sobre a revolução de 1974,
os membros mais proeminentes da actual classe dirigente são, mais coisa menos
coisa, os filhos da classe dirigente do regime então deposto – ou, pelo menos, da sua
classe mais privilegiada, alguma até de origem colonial e tudo. Isto é, são aqueles que viram o desabrochar da
sua adolescência dourada bruscamente perturbado pelos dias convulsos do vintecincodabril.
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Os Passos, os Relvas, os Portas, as Cristas, os Pires de
Lima, os Mota Soares, os Aguiar Branco, etc. nunca o esqueceram. O posterior acesso
de cada vez mais “povo” à classe média também foi para eles um vexame - que
estão, aliás, a tratar de vingar todos os dias.
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O que eu gostava de saber é aonde vão eles desencantar os
subalternos que lhes fazem os recados, a sua classe sub-dirigente enfim, a
classe dirigente do futuro: pentelhos como, por exemplo, este Bruno Maçães, um secretário d’estado
dos assuntos europeus cujo genezinho
da imbecilidade lhe permite entre outras alarvidades, e sem nunca recear o ridículo,
ser mais germanófilo do que os alemães.
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1 comentário:
Esburacam na lixeira e saem sempre dos mesmos vermes.
Abraço,
mário
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