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Portugal já conheceu por oito vezes a bancarrota (bancarrota deve ser mesmo o nome do meio deste país).
O Banco de Portugal foi fundado em 1846, no ano da sua
sexta bancarrota (o país viria ainda a viver mais duas, ainda no século
dezanove).
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No entanto, embora uma das suas atribuições sempre sempre
tenha sido a emissão de moeda (até 1999) e a supervisão da actividade bancária, haveria
ainda de passar-lhe completamente ao lado o cambalacho de Alves dos Reis e, já
no século vinte e um, os cambalachos do BPN e do BPP.
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Fundado com o estatuto de
sociedade anónima, até à sua nacionalização, em 1974, era maioritariamente privado. Suponho que a ideia de quem o governa (ou de quem o nomeia) deve
ser privatizá-lo, again. Só assim se
compreende a frequente vista grossa
dos seus governadores (principalmente
dos dois últimos) e o descrédito até das suas análises e previsões.
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A verdade é que em Portugal ninguém é nomeado para um
alto cargo por saber, competência e para cumprir um programa ou missão (qualquer que
seja), mas sim como diz com pérfida ingenuidade o prof. Marcelo na televisão, para
“fazer um lugar”. Foi isso que fez o anterior governador, o inenarrável Vítor
Constâncio (em trânsito para o que ocupa agora) e o que o faz o actual, o
inacreditável Carlos Costa.
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Este, para além de proferir abobrinhas amiúde e em
qualquer lugar e de ser dotado de uma notável vista grossa (que aliás o deve ter qualificado para o lugar), agora quer saber quantos
banqueiros ganham mais do que um milhão de euros por ano.
Aposto que nem sabe (nem se importa) quantos portugueses
ganham menos do que o salário mínimo. Mas suponho que é isso que o faz fazer “um
bom lugar”. Até à reprivatização do Banco de Portugal. Ou até à próxima
bancarrota.
Mas quando isso
acontecer, Carlos Costa já estará noutro “lugar”. Ainda melhor, claro.
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