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Paulo Morais já foi amigo de Rui Rio (ninguém é perfeito:
eu próprio já fui amigo de alguns cretinos mas com o tempo fui corrigindo isso).
Paulo Morais não é advogadozeco nem economistazinho, nem
jotinha profissional - é professor de matemáticas.
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O homem fez lá as suas
contas e disse que os tugas, ao contrário da versão mil vezes repetida pelos comentadores do regime, não andaram nada a esticar-se (a viver acima das
suas possibilidades) - andaram foi a ser roubados - e a eleger os ladrões.
Ou seja, e ele não se cansa de o repetir em todo o lado (o
homem já pôs tantas vezes o dedo na ferida que é capaz de já ter uma ferida no
dedo): o problema desta choldra é (sempre foi) a corrupção, assim como a
estupidez natural.
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Apesar de ser um homem de direita (ele é membro do PSD) o
que ele propõe parece-me muito acima dos conceitos de esquerda ou de direita. Parece-me
da índole do simples bom-senso, isto é, da mais elementar inteligência.
A saber: entre
outras medidas também simples,
1º- a expropriação de todos os bens dos
«cavalheiros que nos andaram a roubar»,
2º- a exigência que as casas dos fundos
imobiliários paguem IMI (seria quase 1% do PIB)
3º- o património não usado deve ser expropriado
(isto já foi testado, creio que com algum êxito, com a Lei
das Sesmarias (não consta que D. Fernando, o formoso, fosse comunista).
Ainda segundo Paulo Morais, em
vez de incomodar 3 milhões de pessoas o Governo
de Portugal teria que incomodar apenas 3 pessoas – António Mota, Ricardo
Espírito Santo e Vasco Melo, detentores de 95% das PPPs.
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O problema é que para este
programa de bom-senso ser exequível, será preciso fazer uma autêntica revolução.
Eu sempre achei que a verdadeira
revolução não é coisa para exaltados.
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2 comentários:
Assim se prova que as pessoas de verdadeira qualidade podem ser de direita ou de esquerda. Quando estão em causa princípios fundamentais, matriciais, pouco importa a ideologia. A raiz e o tronco são comuns.
Pouco importa a ideologia???
Olhe que não, olhe que não...
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