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António
Jorge Pedrosa é um moço político figueirense.
Muito prolixo, trocou a bloga plo feisse buque, comenta
na rádio e na têvê locais, escreve nos jornais, etc. Jovem e bem-parecido, embora
também pareça modernaço e desempoeirado, enfim quase progressista, é tão vazio e destituído de qualquer função cerebral
minimamente assertiva como outros políticos da sua área e geração, ou até mais
velhos.
Ex-militante socialista,
não se sabe que sensibilidade ou filosofia informa o seu, digamos assim, pensamento político, mas pode deduzir-se
que tem da vida uma visão “empresarial”, pois considera-se candidamente um “colaborador” da
empresa onde trabalha. Ou seja, de certo modo, Pedrosa representa o político-tipo
que tanto agrada ao bom povo que tem votado nas últimas eleições. O futuro está
pois salvaguardado. A coisa promete, portanto.
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Nas últimas eleições fez-se eleger deputado municipal por
uma força política constituída por enjeitados das outras duas do “arco do poder”
e, uma vez por semana, escreve umas larachas num diário de largo espectro regional, que assina como “gestor de
recursos humanos” - que é, suponho, o eufemismo algo pretensioso mas politicamente
correcto agora em voga para o que há alguns anos se chamava, mais prosaicamente,
“capataz”.
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Apesar de em geral a profundidade das “pedrosadas” que semanalmente faz
publicar no “jornal” As Beiras se
balizar estritamente pelo mínimo denominador comum do pensamento político de um
taxista de Lineu, por vezes - e foi
isso que captou a minha atenção e lhe concedeu o mui exclusivo privilégio de
figurar no meu Album Figueirense - por vezes, ultrapassa
o registo mediano dessa banalidade e atinge, aos gritos, a atrocidade:
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-como naquela “crónica”, para a qual convocou a sua própria filha de quatro anos, em que fez uma tão delicodoce e sentimental quão repugnante apologia da caridadezinha.
-como naquela “crónica”, para a qual convocou a sua própria filha de quatro anos, em que fez uma tão delicodoce e sentimental quão repugnante apologia da caridadezinha.
-ou
naqueloutra, não menos gritantemente repulsiva, em que exortou o poder local a
tratar “com carinho” empresários de fortuna duvidosa e enigmática como Sabir
Ali, ou condenados em tribunal por “pertinácia criminosa”, como Aprígio Santos.
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Porém, na mais recente “pedrosada” semanal, decretou que “o
nome Figueira 100% esgotou-se” (trata-se do nome da formação política que ele
próprio representa). No entanto, apressou-se a explicar que pode gerar-se uma “congregação”
à volta de um ou dois nomes que
permita uma nova candidatura independente. Com outro nome. Mas com o mesmo pugrama. Ou vice-versa, não sei se me
estão a acompanhar. Assim como assim, será certamente um pugrama 100 % figueirinhas: nem de esquerda nem de direita, antes
plo contrário, como de costume.
Em todo o caso, António Jorge Pedrosa é que não pode avançar porque está muito
comprometido com a sua actividade profissional (vocês sabem, recursos humanos), mas qualquer um dos santos - Nogueira Santos, o líder do
movimento na Assembleia Municipal ou Daniel Santos, o seu líder na Câmara dos
vereadores - poderá, desde já, contar com o seu apoio.
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Foda-se, não há
pachorra.
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