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quinta-feira, 30 de julho de 2009

A ciência para totós



O termo “silly season” surgiu na Inglaterra vitoriana. No Verão, fechava o parlamento. Sem "política", os jornais ficavam sem assunto. Então, o fait-divers e o disparate extravagante enchiam as suas páginas de manchetes. Tontas, como a falta de assunto.
Em todo o lado existe uma silly season. Portugal também tem a sua, que dura todo o ano (aqui o disparate só não é extravagante porque a política adquiriu o estatuto da banalidade). Ah, e depois, tem a campanha eleitoral.
Num país, digamos, normal, os tipos da ciência são circunspectos, contidos, rigorosos.
Pois bem, não em Portugal. Aqui, a ciência é uma “coisa viva”, exuberante, não sei se me entendem. Em Portugal, a ciência é como a propaganda: quem tem uma teoria não precisa de facto nem de prova. O responsável português pela "Ciência e pelo Ensino Superior" perdeu a compostura habitual dos homens de ciência e aderiu à propaganda; comporta-se do mesmo modo desvairado e delirante dos seus colegas de governo.
Este desenho é mais uma aventura pelos abismos da alma humana.
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1 comentário:

CS disse...

Indicadores... ele refere-se aos dedos. O Fernaocampos não entendeu.