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Pinto
Balsemão, o tubarão da massa falida da comunicação social
lusitana, bateu a caçuleta. O país reaccionário não sabe o que
dizer. Quando não se sabe o que dizer diz-se qualquer coisa, mas o tom
geral é o convenientemente amnésico, automático e prosternado. A
imprensa também passa o pano e diz o que lhe vem á cabeça:
“Balsemão
(1937-2025), moderno e liberal com pose de príncipe”
proclama o Público, em obituário.
“Portugal
nunca o esquecerá”
disse Marcelo.
Carlos
Moedas enalteceu a coragem de Pinto Balsemão e a sua "energia
muito única",
além da "capacidade
de comunicação absolutamente extraordinária"
e o facto de ser
um homem "moderno".
O
Cavaco também lamentou a morte do magnata, recordando que a
condecoração da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade que lhe concedeu
foi a “expressão
máxima de gratidão”
pelo seu contributo ao país.
O
pequeno Marques Mendes suspendeu a campanha.
Miguel
Albuquerque, presidente do Governo da Madeira, lembrou Balsemão como
um "grande
português"
que "vai
fazer muita falta".
Na memória, Albuquerque leva os encontros onde os dois tocavam
juntos - Balsemão na bateria, Albuquerque no piano - e a última
conversa que teve com o antigo primeiro-ministro sobre os desafios
colocados pela Inteligência Artificial. "Era
um visionário",
rematou.
Rangel,
o anão das Nece(ssi)dades, disse que “Estar
com Francisco Pinto Balsemão era respirar liberdade em todos os
minutos e em todos os momentos em que ele não renunciava a acender o
seu cigarro. Também nisso era um homem livre e um homem
independente".
Andrézito,
o fascista do partido Chega mandou “um
abraço solidário à família e aos amigos, reconhecendo também o
legado marcante que deixou no nosso país e na construção de novas
formas de comunicar em democracia",
disse ele em publicação na rede social X.
A
Associação Portuguesa de Imprensa (API) lembrou que “enquanto
profissional e dirigente político, Pinto Balsemão foi um defensor
da liberdade de imprensa e da autonomia dos jornalistas, valores que
sempre considerou pilares fundamentais da democracia.”
Finalmente
o PS, em nota de pesar enviada à Agência Lusa, enfatizou que
"Balsemão
deixa um legado de independência, sentido de serviço público e
defesa intransigente da liberdade de imprensa"
e que "Soube
sempre honrar o valor do debate democrático e da convivência entre
diferenças, princípios fundamentais da vida democrática que
partilhou com o Partido Socialista nas grandes etapas da construção
de Portugal livre e europeu".
Um
vulto.Um príncipe. Em 2011 fiz-lhe este retrato - em efígie
e em poucos traços, que agora reedito sem sequer considerar retocar;
tal como a ficha, ou verbete, em quatro parágrafos, que podeis ler se vos derdes ao trabalho de
seguir o link.
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