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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Phinis patrea


“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.”
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.Apesar de todo este frenesim de mudança e da pretensa universalidade do fenómeno, os portugueses continuam fiéis aos valores seguros das velhas qualidades. Essa é que é essa. Tudo muda em Portugal; menos os portugueses.
O mais, são devaneios de poetas.
PIM.
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Ao contrário do que dizem os ressabiados defensores do ancien regime, a República também preza a hereditariedade; isto é, a notoriedade com pedigree: por exemplo, o presidente da comissão que organiza e coordena as comemorações do centenário da República é “filho, neto e bisneto de republicanos insignes”; claro que, para além disso, também é um insigne banqueiro (há quem lhe chame prestamista, actividade muito vilipendiada noutras épocas e paragens e que consiste basicamente em ganhar insignemente a vida emprestando dinheiro a juros). Claro está que o insigne comissário também é um adepto da mudança. Por isso pôs um capelão militar a arengar às tropas e aos mirones em dia de comemoração republicana. Nem mais.
PAM.
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Os nossos “egrégios avós” devem dar voltas na tumba com o regresso de morgados e padrecas.
Outro poeta sonhador, o autor de “A velhice do Padre eterno” e de “Phinis Patrea”, deve encher de uivos os claustros lúgubres de Sta Ingrácia, o altar da pátria.
PUM.
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2 comentários:

CS disse...

O país do pim-pam-pum com as minhas desculpas para o meu primeiro jornal.

Anónimo disse...

pois é temos agora não o governo de uma monarquia mas de uma aristocracia ou oligarquia? os lugares são distribuídos pela família e por quemos serve sobretudo de forma servil