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Enquanto o nosso chefe d’estado fazia o impossível por nos embaraçar
a todos, participando activa (e arteiramente) na campanha eleitoral de Jair
Bolsonaro enquanto fingia, com aquele ar cândido de pérfida ingenuidade, que
participava nas comemorações do bicentenário da independência do Brasil, na Escócia
morria a Rainha da Inglaterra.
Não é todos os dias que morre um realejo desta
envergadura e relevância. Relevância e envergadura que compõem a pièce
de resistance que resume o que salta à vista deste magistral e
monumental e definitivo retrato que um dia (certamente quando estava
pachorrento) o grande Lucien Freud lhe fez.
(Lucien Freud, no seu atelier, dando os últimos retoques no monumental retrato de Isabel II) |
Não se trata, como julgo evidente, de nada de magistral,
monumental e muito menos de definitivo. É apenas um apontamento. Afinal
o reinado inda nem começou. Mas promete.
Aqui entre nós, já não é a primeira vez que retrato gente
da realeja, enfim de mui alta estirpe e assim. Já uma vez,
por exemplo, retratei el rey imérito de Espanha e S.A.R. o rei de Portugal
(se quiserdes fazer o obséquio de seguir os linques, um está aqui, o outro ali). Não são nenhuns Lucien Freud, mas haveis de convir que também
não estão nada mal.
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