O vereador azougado

Para o imbecil, o espírito sopra ao contrário
José Alberto Braga
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Decididamente, estou impressionado com o novo poder autárquico figueirense; principalmente com a sua política cultural; mas sobretudo com essa figura que é uma espécie de comissário plenipotenciário do juiz Ataíde: o vereador Tavares.
Se quando era ainda da oposição, o inefável vereador do pelouro da Cultura (entre outros) já achava “o poder afrodisíaco”, agora deve impar entupido, a rebentar de testosterona.
Além de acumular pelouros e tutelas, está apostado em criar a marca “made in Figueira da Foz” e projectá-la no mundo. Depois de promover o CAE (e o santo nome da Figueira) num campeonato de futebol(!) africano(!), eis que se atira agora, à afanosa tarefa de projectar o prestígio do museu Santos Rocha internacionalmente: e eis que o consegue de uma penada, digamos, administrativa (para que serve o poder, se não há espírito criativo?). Com a simples revisão das taxas e tarifas municipais, o ingresso no “nosso” museu irá passar a custar uns módicos cinco (5) euros por cabeça, ultrapassando o melhor e maior museu português e quase ombreando assim (lá chegaremos) com outros paradigmas da cultura mundial, como o Prado, e, segurem-se, o Louvre.
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Quanto ao desenho, aceito que o achem um tanto minimalista ou simplificado, mas eu sou de opinião que os espíritos simples se definem e fixam com poucos traços.

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