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A plítica local está ao rubro. Por todo o lado os partidos
escolhem criteriosamente os seus candidatos (os cabeças de lista) às autarquias.
Em todos os concelhos os notáveis locais de todos os partidos digladiam-se entre
si para serem os escolhidos. Não na Figueira da Foz. Na Figueira, ao contrário
de em qualquer outro povoado, um partido que queira vencer as eleições sabe que
só tem uma opção: escolher um candidato de fora.
Foi o que fez desta vez o PSD. O escolhido é de
fora e isso é quanto basta para cativar o interesse, e o entusiasmo, do
eleitorado figueirinhas. O figueirinhas eleitor não quer saber que o
desejado foi muito recomendado por este artolas que se lambuzou
até às lágrimas no sórdido negócio do hotel de charme no Paço de Maiorca; nem
que o desejado é o príncipe encantado destoutro artolas que foi o
porta-voz do governo mais à extrema-direita que o país conheceu desde o 25 d’Abril;
nem que foi imensamente encomiado por um enorme estafermo como o pequeno Marques
Mendes, na televisão.
A verdade é que o escolhido poderia ter sido Santana
Lopes, mas o PSD sabe que Santana é já um figueirinhas; também sabe que
os outros figueirinhas já lhe viram o cu; e sobretudo também sabe que os
figueirinhas, entre si, devoram-se uns aos outros, como os caranguejos.
De maneiras que o escolhido, foi Pedro Machado.
Ainda preside ao Turismo do Centro. É doutorado em turismo e tudo, por
Aveiro e tudo, mas não importa. Porque acima de tudo, é de fora. Já
ganhou.
A Figueira da Foz, fiel ao seu “sebastianismo de praia”,
sempre aberta e disponível a tudo o que vem de fora, está que nem pode. De
contentamento.
O emplastro imprestável que lá está, que nem sequer é capaz
de inaugurar uma obra, não tem a mínima hipótese. Monteiro, já fostes
(devorado plos outros caranguejos).
2 comentários:
Fraqueza profunda de democracia dita participativa, inscrira na constitucao ...portuguesa
Meu caro Fernando Campos
Belíssimo texto, com algumas "pequenas" alterações diria o mesmo do belíssimo candidato apresentado pelo PSD "do rio", Homem muito influente no tempo da troika, europeísta convicto, Alentejano, mas que nada fez pela cidade que o viu nascer Beja, mas que vem agora de mãos posta, sem bandeiras do PSD para agregar a direita em Lisboa.
Haja paciência para tanta imbecilidade política.
Um abraço
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