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Mafalda, a contestatária, foi homenageada com uma estátua numa rua de Buenos Aires. Quino, o seu criador, como sempre, foi parco em palavras, mas disse tudo (ver aqui).
Não é a primeira vez que personagens de duas dimensões ganham mais uma para ocuparem lugares de destaque em ruas ou praças. Mas não em Portugal. E contudo, conheço pelo menos duas (e os seus criadores) a quem tal podia ser devido: o guarda Ricardo, de Sam e o Zé Povinho, de Rafael Bordalo Pinheiro.
Quanto a este último, tenho até uma proposta, muito simples. Nada dessas modernices que ninguém entende. Tem que ser algo que o povo alcance (não sei se me faço entender). Realista. Mas diferente. Sem pedestal; ou melhor, com o pedestal por cima do personagem.
Seria então assim: localizada numa grande praça, o Zé seria representado como aquilo que é, ou seja, uma besta de carga. Estaria de joelhos no chão, suportando às costas um enorme pedestal (pelo menos o dobro da dimensão do personagem) para onde subiria toda a gente, desde políticos em campanha a turistas em férias. Seria, como se diz agora, "interactiva"; só assim se cumpriria eterna e plenamente o verdadeiro espírito da máxima “a arte imita a vida”.
Um dia destes faço o croquis.
Tenho quase a certeza de que pelo menos Rafael Bordalo Pinheiro adoraria.
Mafalda, a contestatária, foi homenageada com uma estátua numa rua de Buenos Aires. Quino, o seu criador, como sempre, foi parco em palavras, mas disse tudo (ver aqui).
Não é a primeira vez que personagens de duas dimensões ganham mais uma para ocuparem lugares de destaque em ruas ou praças. Mas não em Portugal. E contudo, conheço pelo menos duas (e os seus criadores) a quem tal podia ser devido: o guarda Ricardo, de Sam e o Zé Povinho, de Rafael Bordalo Pinheiro.
Quanto a este último, tenho até uma proposta, muito simples. Nada dessas modernices que ninguém entende. Tem que ser algo que o povo alcance (não sei se me faço entender). Realista. Mas diferente. Sem pedestal; ou melhor, com o pedestal por cima do personagem.
Seria então assim: localizada numa grande praça, o Zé seria representado como aquilo que é, ou seja, uma besta de carga. Estaria de joelhos no chão, suportando às costas um enorme pedestal (pelo menos o dobro da dimensão do personagem) para onde subiria toda a gente, desde políticos em campanha a turistas em férias. Seria, como se diz agora, "interactiva"; só assim se cumpriria eterna e plenamente o verdadeiro espírito da máxima “a arte imita a vida”.
Um dia destes faço o croquis.
Tenho quase a certeza de que pelo menos Rafael Bordalo Pinheiro adoraria.
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Ao alto, Mafalda e o sr. Joaquin Salvador Lavado, "Quino".
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3 comentários:
Estou certo que com uma subscrição a nível nacional conseguíamos a verba suficiente para dar ao Zé o lugar que lhe compete. Se a massa só chegasse para um das Caldas era uma boa opção.
O croquis vai ser de arromba.
Esperemos!!!
Caro Fernando,
Sempre é uma dádiva vir aqui! muito bom!
Grande abraço,
Adriano Nunes.
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