Como não tenho férias (nunca tive), faço como as cigarras ou os milionários: tento fruir da vida todo o ano. Uma das maneiras de o fazer é através da leitura. Sou um apreciador de livros. Há dias descobri, de uma penada, numa banca de livros velhos, na feira de antiguidades e velharias (creio que é assim que se chama e faz-se todos os quinze dias, de Verão, no jardim municipal da Figueira da Foz), quatro Maigrets que não conhecia. Sim. 4-quatro-4. A um euro cada! Colecção Vampiro. Óptimo estado. Um deles com capa de Cândido Costa Pinto e tradução de… António Lopes Ribeiro! Outro, diz na contracapa: “este romance tenebroso, violento e irónico, publicado em 1931, inspirou um grande filme de Jean Renoir”. Compreendam que ainda esteja a arquejar (sou um leitor compulsivo e imoderado de Georges Simenon).
Bem sei, “ce n’est pas du Balzac”. Mas é bem a mesma comédia humana, ainda que mais esquemática e em tons mais glaucos e sombrios, mas intensos e contrastados, como uma grisaille. E igualmente magistral.
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Bem sei, “ce n’est pas du Balzac”. Mas é bem a mesma comédia humana, ainda que mais esquemática e em tons mais glaucos e sombrios, mas intensos e contrastados, como uma grisaille. E igualmente magistral.
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