.
Há quase três anos que, quase diariamente, no blogue do meu amigo António Agostinho (e aqui, na barra lateral) eu venho comentando a actualidade através do desenho de humor. Isto a propósito de me ter sido sugerido uma intervenção mais frequente sobre a actualidade figueirense. Acontece que é muito difícil comentar a actualidade quando a informação é filtrada, condicionada, constrangida (na Figueira, a verdade publicada é sempre consonante com a voz-do-dono) ou requentada (a imprensa figueirense reporta amiúde a morte do artista uma semana após a missa do sétimo dia).
Na Figueira da Foz, a indústria, o comércio ou a agricultura, são actividades cada vez mais residuais e de subsistência. A comunicação social acompanha-as nessa valsa lenta descendente mas tem, além disso e par contre, uma longa tradição de subserviência. Ou de conveniência. Convenhamos que qualquer progresso cultural e económico torna-se problemático com tais prerrogativas arraigadas até à medula.
Na Figueira da Foz só existem duas actividades em franca expansão: o entretenimento e a especulação imobiliária (na Figueira há quem lhe chame urbanismo, um eufemismo 100% figueirense); mas mesmo o entretenimento, tudo leva a crer que foi "chão que deu uvas": a maior empresa deste ramo, proprietária do “melhor” semanário da região está, cada vez mais, a abandonar a primeira actividade em detrimento da segunda.
Mas as coisas nunca estão tão mal que não possam ficar pior: se há quem acertadamente tema a felgueirização da Figueira da Foz, desde há algum tempo que eu receio também a figueirização do país.
Há quase três anos que, quase diariamente, no blogue do meu amigo António Agostinho (e aqui, na barra lateral) eu venho comentando a actualidade através do desenho de humor. Isto a propósito de me ter sido sugerido uma intervenção mais frequente sobre a actualidade figueirense. Acontece que é muito difícil comentar a actualidade quando a informação é filtrada, condicionada, constrangida (na Figueira, a verdade publicada é sempre consonante com a voz-do-dono) ou requentada (a imprensa figueirense reporta amiúde a morte do artista uma semana após a missa do sétimo dia).
Na Figueira da Foz, a indústria, o comércio ou a agricultura, são actividades cada vez mais residuais e de subsistência. A comunicação social acompanha-as nessa valsa lenta descendente mas tem, além disso e par contre, uma longa tradição de subserviência. Ou de conveniência. Convenhamos que qualquer progresso cultural e económico torna-se problemático com tais prerrogativas arraigadas até à medula.
Na Figueira da Foz só existem duas actividades em franca expansão: o entretenimento e a especulação imobiliária (na Figueira há quem lhe chame urbanismo, um eufemismo 100% figueirense); mas mesmo o entretenimento, tudo leva a crer que foi "chão que deu uvas": a maior empresa deste ramo, proprietária do “melhor” semanário da região está, cada vez mais, a abandonar a primeira actividade em detrimento da segunda.
Mas as coisas nunca estão tão mal que não possam ficar pior: se há quem acertadamente tema a felgueirização da Figueira da Foz, desde há algum tempo que eu receio também a figueirização do país.
.
É uma lástima, mas dificilmente a realidade defrauda as expectativas de um pessimista.
Mas nem tudo está perdido. Agora existe a internet. Esta nova realidade veio acrescentar novas e aliciantes virtualidades de acesso ao conhecimento dos factos e à capacidade de intervenção na actualidade. A blogoesfera figueirinhas, embora pejada de uma imensa palermice acobertada de conveniente anonimato, conta com uma pequena mão cheia de bloggers identificados, conscientes, activos e participativos. Por isso, e porque estamos em tempo eleitoral, eu prometo mais frequência na atenção à claridade da praia.
Mas nem tudo está perdido. Agora existe a internet. Esta nova realidade veio acrescentar novas e aliciantes virtualidades de acesso ao conhecimento dos factos e à capacidade de intervenção na actualidade. A blogoesfera figueirinhas, embora pejada de uma imensa palermice acobertada de conveniente anonimato, conta com uma pequena mão cheia de bloggers identificados, conscientes, activos e participativos. Por isso, e porque estamos em tempo eleitoral, eu prometo mais frequência na atenção à claridade da praia.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário