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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

os que mudaram

Respondendo ao repto de Carlos Freitas*, de fazer uma lista de dez livros que não mudaram a minha vida, vejo-me na necessidade de esclarecer que o faço relutante, pois sempre achei um tanto frívola esta espécie de jogos de sociedade. No entanto, passeando pelos blogues, vi que “O problema é que as regras do jogo estão a ser outras: as pessoas escolhem os livros que não mudaram as suas vidas de entre obras que, quase sempre, pertencem ao «cânone». O que, ao fim e ao cabo, é sobretudo uma forma encoberta de clarificar opções literárias.”
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Ora, como clarificar opções literárias não é o meu campeonato, e decididamente não aprecio gastar o meu tempo a fazê-lo encoberto, isto é, às avessas, pela negativa e com frioleiras pedantes, vou subverter um pouco a coisa e dar uma lista de apenas 5 (cinco) livros que nem sequer li (nem o pretendo fazer) e que mudaram mesmo a minha vida (que, penso, seria diferente sem a existência de qualquer deles), assim como a de toda a gente.
São livros de receitas. Receitas que têm sido cozinhadas desde há imenso tempo, com sucessos desiguais, mas apreciáveis. Sempre na tentativa de tornar melhor o ser humano.
Alguns deles estão ainda à cabeceira de alguns reputados chefs da actualidade.

A Bíblia
O corão
O Capital, Karl Marx, 1867
Minha luta, Adolph Hitler, 1924
Capitalismo e Liberdade, Milton Friedman, 1962
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* Claro que Carlos Freitas me vai perdoar por ter subvertido o espírito da coisa. E por quebrar a corrente, ao não designar 5 blogues para incensarem a “forma encoberta” de “clarificar as opções literárias".
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2 comentários:

carlos freitas nunes disse...

Mais que de acordo, perfeitamente de acordo. Acedi ao pedido, igualmente pelo que expliquei, Fernando. Estas coisas são o que são. Responder é o que é. Abraço.

Anónimo disse...

Caro dr. Fernando, felicito-o por não ter lido nenhum desses execráveis livrinhos. Se quiser perder algum tempo, aconselho-o a ler um que escrevi em 1873, o "Staat und Anarchie".
Se não estiver para aí virado, sempre tem o "Portugal amordaçado", que penso ser do Dr. Eng. José Sócrates.
Ou então há aquele poeminha de um patetinha qualquer que se chama "Trova do vento que vai não sei par aonde".