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Como já aqui disse, poucas vezes me aconteceu a paisagem… Eu penso que esta pintura deve ser mesmo a mais informe e abstracta obra que jamais pintei. Nunca me tinha acontecido pintar algo sobre o nada. À força de esfregar os pincéis até ao sabugo para os limpar de outras aventuras, compus contrastes de cores tão felizes e diluí os tons em tão subtis gradações que me saiu uma coisa vaga, nebulosa, que nada diz mas tudo sugere…
Quando a expus, juntamente com o retrato do Vitorino, numa exposição colectiva no então Grande Casino Peninsular, na Figueira, por volta de 1993 ou 94, aconteceu-me o que nunca mais se repetiu: vendi os dois na noite da inauguração! Um retrato e uma paisagem!
Sempre há dias felizes.
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