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“Não são as reconhecidas dificuldades orçamentais, mas a agiotagem, o compadrio, a submissão aos grandes grupos económicos e a falta de sensibilização social que põem em causa a sustentabilidade do SNS”
António Arnaut, Discurso de Penela, 2012
Hoje há festa em S. Bento, na
Ordem dos Médicos, na dos Enfermeiros e na indústria da doença em geral. Belos tempos para os canalhas, os compadres, os agiotas, os cínicos e os
velhacos. A verdade, porém, é que não há fraude sem totós.
Demitiu-se a mais empática
(choramingar em público cativa imenso a sensibilidadezinha à flor da pele dos
simples e dos sentimentais) e talvez também a mais ingénua das eminências que coadjuvam esse
fenómeno de popularidade, hipocrisia e cinismo político que é António Costa.
Marta Temido demitiu-se de madrugada (pla fresca). Embora aparentemente
defendesse a prevalência do SNS, Marta Temido sujeitou-se,
voluntária e ingenuamente, à tutela do ministério das Finanças, que lhe foi cativando
meios e recursos. Por isso sai tarde e mal (por culpa própria) e com o ónus da
responsabilidade pelo desastre que está a acontecer no SNS. Agora, Marta Temido irá naturalmente ocupar o seu lugar de deputada no parlamento, onde continuará certamente a cumprir o que prometeu ao seu bravo eleitorado do círculo de Coimbra.
Mas a entrega de tudo aos
privados prossegue, naturalmente, com toda a normalidade. É o “socialismo
moderno” em liberdade. E a plítica da União europeia.
Há gente que se diz “de
esquerda” que votou nesta merda.
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