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quarta-feira, 13 de julho de 2016

O triunfo da estupidez


Não há dúvida de que a fé existe;
mas há que se perguntar com o que ela co-existe
 naqueles em que existe
Paul Valery
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O jogo de Portugal contra o país de Gales não foi um alívio para mim. Foi, como previ, o início do meu pior pesadelo.
E não, não me refiro à vitória sobre os franceses em campo, na final. Isso foi apenas bola. Futebol.
Refiro-me ao verdadeiro triunfo da mediocridade, logo após o apito final: o retorno - na rua, nos media, nas redes sociais, até no discurso de gente habitualmente circunspecta - da retórica do milagre, do sacrifício, do sofrimento, da fé-em-deus, da predestinação, do povo eleito, da santa pátria, da puta que os pariu.
É pavoroso. Pior ainda do que previ. Dá vontade de ser espanhol. Ou francês.
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8 comentários:

cid simoes disse...

Espanhol, francês, italiano, alemão, inglês porra, era pior a amêndoa que o sinete.
A nossa estupidez não é presunçosa e é sasunal

cid simoes disse...

SAZUNAL

Olímpio disse...

Caro SR Fernando Campos.
Não sou capaz de fugir a uma saudavel polémica e dos seus discutíveis propósitos e contraditórios, sobretudo no respeito mutuo.
Entendo existir naquele sentido criador da minha existência social, quer na politica, ou na religião, o brotar de ideias e novos horizontes de aprendizagem, porque a vantagem da solidariedade, suportando as nossas diferenças. Indo mais longe, admito que no fenónimo de massas, podem ser boas para os humanos, direi alguns humanos, como compreende.
Congratulo-me por o seu SÌTIO, não permitir a cobardia dos anonimos, sabe qual o meu juizo?
Deste modo, mostramos e assinamos o que escrevemos, dando o caracter, do que somos capazes de assumir sem reservas.Continuo a pensar que o seu texto, apesar do tema critico, não procura sensibilzar o povo na melhor compreenção da sua educação, pelo contrário,o Sr Fernndo Campos,ao julgá-lo assim, corre o risco da sua maldição?.Eu povo total preciso de exemplos que me ajudem a perceber a melhor e mais proveitosa lição dos que mais sabem, como é o seu caso. Sendo assim e porque não tenho a capacidade académica para manter o desejado contraditório, só me resta o silêncio, face a tão elevada semãmtica, despedindo-me com a mesma estima de sempre Olimpio fernnades

cid simoes disse...

Caro Sr. Olímpio
Estou muito de acordo consigo. Sabemos que grande parte deste entusiasmo foi fabricado, mas sabemos também que para o bem e para o mal as massas é que determinam o devir histórico, veja-se o 25 de Abril em que a sua força foi determinante. Como povo não conheço nenhum melhor que o nosso ou politicamente mais esclarecido – Hollande ou Sarkozy, Blair ou Cameron, Berlusconi, Aznar ou Rajoy – povos que se pretendem cultos ou politicamente evoluídos e que se deixam conduzir por semelhantes indivíduos. Tenho em muita consideração o Fernando Campos e não me canso de divulgar o seu talento e cultura, mas nem sempre tudo isso é suficiente e por vezes também me sinto agredido.

São muito saudáveis estes encontros.

Olímpio disse...

Caro Sr Cid Simões.
Se alguém tem estima pelo sr Fernando Campos,sou eu e sem a maldita hipocrisia da falsidade, pois foi meu convidado em algumas reuniões de franca confraternização, na Cova Gala.Nada mais nobre no caracter de uma pessoa, do que sentir uma amizade, como se de irmão fosse. Voltei aqui, porque entendi a sua mensagem, a qual poderia contrariar a minha opinião, o que pelo estilo, traria elevado respeito no contraditório. O nosso drama, o do povo, é que não tivemos nos responsáveis politicos, os devidos exemplos da honorabilidade,vejamos pois este défice nas mais diversas propagandas das televisões e dos jornais, uma desgraça de estupidificação colectiva, tão triste como preocupante.Leia no C.M. de 13-7-2016, um artigo de Batista Bastos, o qual nos diz bem o que temos de ruinoso nos exemplos que não temos dos politicos que nos governam. Permita-me a franqueza.Não tenho simpatia por regimes marxistas, muito menos por este imundo liberalismo,mas sou um admirador do povo cubano, onde estive duas vezes, esperando voltar, onde me revejo na sua alegria e humildade, também a sua disciplina, mas isso levar-nos-ia para outras considerações.Logo não sou um anticomunista primário, meu caro Sr Cid Simões.Grato pelo nivel do comentário

Olímpio disse...

Um jovem suicidou-se, após a derrota da França. Eis um drama, fabricado por esta histeria do futebol, para além da racionalidade do próprio suicida.

Olímpio disse...

Caro Sr Cid Simões
Com o devido respeito pelo SÍTIO, do Sr Fernando Campos, é meu dever explicar-lhe porque não acredito nos regimes comunistas, apesar de nada me repugnar a sua liberdade em democracia,indo ao ponto de os defender nesse estado de direito. Partilhei com alguns camaradas,o que resta é o meu amigo Alexandre, várias festas e reuniões. Claro, as minhas manifestações foram notadas e diferentes com se impunha no meu assumido intuito da denuncia das prisões e policias politicas, do partido e do sindicato único, pois sou contra esse vexame,que a meu ver brutaliza a liberdade dos cidadãos.Vai daí perceberam que não era" cliente "daqueles formatos civicos, borda fora menino de bem. Para que soubessem que não era um infiltrado, mas que usava a minha sagrada liberdade, em certo almoço no restaurante a COVA, o meu discurso em plena sala denunciando a bestialidade das prisões politicas, e que deviamos derrotar nas urnas o cavaquismo, foi o meu fim, meu caro Sr Cid Simões. Tenho mais, se assim o Sr Fernando Campos, o permitir, com amizade e liberdade de expressão.

cid simoes disse...

Caro Sr. Olímpio
No meu comentário, referi unicamente o “25 de Abril”, longe de mim trazer para esta página que nos oferece o Fernando Campos um debate político-ideológico e muito menos partidário.
É muito saudável dialogar para melhor nos conhecermos. Muita saúde!