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Neste país de prodígios não são apenas os fidalgos e os senhoritos que têm berço.
Os burgueses também; têm linhagem, pedigree.
Fernando
Ulrich, por exemplo, não precisou de concluir a licenciatura em
economia para ser o que é hoje - a coisa está-lhe nos genes – ele provém de uma família ligada à banca e às finanças, com raízes em Hamburgo, na Alemanha do século XVIII (é um espanto o que se aprende na wikipédia).
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Contudo, ao contrário dos seus compatriotas do Deutche
Bank, que empocharam uma fortuna pornográfica com a pobreza dos gregos (isto é,
“apesar de estarem expostos às dívidas soberanas dos países periféricos”), o
nosso Fernandinho confessa que apostou na dívida grega e perdeu: o seu
banquinho, o BPI, apresentou um prejuízo de duzentos e três milhões de euros. Nem
mais.
Mas o nosso ulrichzinho
não se atrapalha por aí além; já sossegou os accionistas e até os clientes.
Espera, diz ele, não fechar nenhum balcão, mas vai reduzir em vinte por cento
os rendimentos dos seus “colaboradores”.
Este sim, é um “gestor de topo”. Um banqueiro com agá
grande.
Não é pois de admirar que tal guru da alta-finança seja ouvido com reverência (ou prostração?) pelos jornais de referência e de negócios, sobre
tudo e sobre nada.
Agora digam lá se este país não é um alfobre de sumidades.
É um mistério estar como
está.
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2 comentários:
Mais um texto à altura
da sua caricatura...
É o retrato da classe dirigente de um país indigente. E já agora para não perder tempo, não se esqueçam de no dia 11 às 15 horas estar no Terreiro do Povo.
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