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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A presidenta



A democracia em Portugal é assim uma espécie de sistema de partido único com uma espécie de partido suplente, em modo de alterne. Dizem que a coisa funciona.
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Assim, com o PSD o país inteiro é uma espécie de grande aldeia da coelha: tem uma maioria, um governo e um presidente. A maioria é constituída por uma mole imensa e flutuante de apoiantes cretinos e por uma pequena mas selecta quantidade de senadores, quase todos presidentes de conselhos de administração de grandes empresas cotadas em bolsa; o governo é presidido por um tal de Coelho; e o presidente, é um tal de Silva, Cavaco Silva.
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Já o PS, agora na oposição, não tem maioria, nem governo nem presidente; a minoria flutuante que sustenta este partido fez aliás com que os seus senadores, que eram presidentes, alternassem para vogais nos conselhos de administração das mesmas empresas cotadas em bolsa que são, agora, presididas pelos senadores do partido rival.
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Em democracia, tudo depende de uma espécie de "flutuação de ânimo" de uma ampla maioria de imbecis (como é sabido, é este ânimo flutuante que faz o regime funcionar, no seu característico alternar).
A luta política em democracia é, pois, uma eterna guerra não declarada; e não de rosas, mas de espinhos. Se um mata, o outro esfola. Assim, como os suciaisdemucratas têm um Silva a presidente, os sucialistas não fazem a coisa por menos: acabam de eleger uma Roseira para presidenta. Nem mais. Roseira, Maria de Belém Roseira.

E é este o género de frémito democrático que, pensam eles, faz flutuar os ânimos..

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1 comentário:

Sérgio Ribeiro disse...

Avençando com a benevolente e extensiva autorização, já está "linkado" no anónimo.
E mais "linkações" farei, sempre desfrutando deste belo sítio.

Calorosas saudações