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sábado, 10 de setembro de 2011

A bava do zeinaldo e a língua PTguêsa




Os países atrasados padecem de uma patologia tão mórbida como sintomática. Chama-se complexo do colonizado. Nutrem um fascínio pacóvio por tudo o que se relacione com a ideia que têm de desenvolvido.
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Em Portugal, por exemplo, existe uma fascinação infantilóide com a língua inglesa que é transversal a toda a sociedade, isto é, tanto afecta a classe dominante como a dominada: desde a classe A ao lumpen proletariat, aos portugueses soa-lhes melhor a língua inglesa do que a puta da sua língua mãe.
Da promoção turística oficial (o Allgarve) à publicidade dos grandes grupos empresariais, das cançonetas (songs) dos cantores pop ao linguajar dos executivos das grandes companhias, a lingua-franca articulada por estes pacóvios é uma espécie de pidgin da língua oficial dos treinos do Chelsea Futebol Clube.
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O segredo do atraso destes países deve-se, no entanto, à sua peculiar predilecção por se deixarem governar exclusivamente por cretinos. Neste aspecto, Portugal nem sequer é muito exigente, esquisito ou racista; deixa-se facilmente governar tanto por arianos como por monhés – desde que sejam mesmo imbecis e o articulem em inglês.
É o caso de Zeinal Bava. Bava é “chairman” da PT, uma das maiores companhias do país, e o executivo mais bem pago de Portugal. Penso que tal se deve a um peculiar conhecimento da língua inglesa (para os portugueses, esse é um item que eles conotam com a erudição) que lhe permite expressar-se naquele pitoresco e inenarrável pidguin que alguns apelidam de portuguesing, mas que eu prefiro chamar de PTguês.
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Pois bem, o PTguês acaba de invadir a toponímia, tal como a privataria o espaço público.
A este tipo de morbidez, que eu acho sintomática de uma certa patologia do atraso, também se pode chamar parolice..


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1 comentário:

cid simoes disse...

Nunca o Bava teve um retrato tão à maneira.