O confesso autor deste blogue acaba de chegar ao remanso do seu lar após uma curta viagem de quatro dias por terras de S. Tiago, onde se entreteve a perscrutar o melhor possível os mais recônditos recôncavos e outros graníticos refegos da sempre verde e muito recortada faixa litoral desta região da península.
.É evidente que a viagem não se limitou a estas judiciosas observações nem a outras muito circunspectas libações albariñas ou à mariñeira.
Também teve o seu lado cultural. Mergulhou no país profundo do autor de “Mazurca para dos muertos”.
Conheceu um tal de “Ribeiro”, um branco muito seco da região de Ourense que faz estalar qualquer língua, mesmo uma portuguesa.
Visitou a cidade de Rosalia e a Fundação de Camilo José Cela, onde estão todos os manuscritos da sua obra (Don Camilo nunca tocou numa máquina de escrever; em “Ofício de tinieblas 5” chegou mesmo a nem sequer usar o ponto final) e, em dia de mercado, junto com duas sacadas de pimientos (dos que picán e dos que nón) também trouxe uma belíssima cabeça esculpida em granito natural, adquirida a um generoso escultor popular numa estrada perdida a caminho de Padrón.
Também adquiriu um cajado de peregrino, embora tenha evitado rigorosamente Compostela (o que se deveu tanto a uma manifesta incompreensão dos fenómenos religiosos, como a uma assumida fobia de multidões).
.
Também teve o seu lado cultural. Mergulhou no país profundo do autor de “Mazurca para dos muertos”.
Conheceu um tal de “Ribeiro”, um branco muito seco da região de Ourense que faz estalar qualquer língua, mesmo uma portuguesa.
Visitou a cidade de Rosalia e a Fundação de Camilo José Cela, onde estão todos os manuscritos da sua obra (Don Camilo nunca tocou numa máquina de escrever; em “Ofício de tinieblas 5” chegou mesmo a nem sequer usar o ponto final) e, em dia de mercado, junto com duas sacadas de pimientos (dos que picán e dos que nón) também trouxe uma belíssima cabeça esculpida em granito natural, adquirida a um generoso escultor popular numa estrada perdida a caminho de Padrón.
Também adquiriu um cajado de peregrino, embora tenha evitado rigorosamente Compostela (o que se deveu tanto a uma manifesta incompreensão dos fenómenos religiosos, como a uma assumida fobia de multidões).
.
De regresso ainda viu, de longe, o Gerês a arder. De caminho, visitou o Festival Internacional de Jardins, em Ponte de Lima, que também é sempre um espectáculo.
.
.
Já vinha cansado e rabugento, por causa de uma tenaz e excruciante dor nas costas, quando de repente tudo se dissipou: chegado a casa, foi recebido em efusiva aclamação (e unanimidade) pela sua cadela Colombina, que tinha ficado de guarda aos seus vastos domínios.
.
.
Ligada a net para saber as novidades, ficou a saber das mais recentes trapalhadas da política local, das palermices provedoras da blogosfera figueirinhas e desta boa notícia, a primeira em muitos meses.
Foi então que se lembrou de Camilo José Cela e de uma frase que foi insígnia do seu brazão de marquês de Iria Flavia: el que resiste, gana.
Foi então que se lembrou de Camilo José Cela e de uma frase que foi insígnia do seu brazão de marquês de Iria Flavia: el que resiste, gana.
.
.
1 comentário:
Nem mais: "el que resiste, gana"
Enviar um comentário