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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Balanço e Contas


Agora que se acabaram os alegres festejos comemorativos do vigésimo aniversário do triste fim do comunismo, regressa-se alegremente à normalidade.
No terceiro mundo, o preço dos alimentos mantém-se em alta. A FAO pede uma “greve de fome” no sábado, em solidariedade com os desnutridos (espero que tão generoso desiderato não esbarre numa imprevista interrupção para almoço).
De assinalar ainda o novo máximo histórico do ouro, em 1.118 dólares a onça, que puxou pelas acções com exposição a matérias-primas.
A confiança volta aos poucos aos mercados, com as bolsas asiáticas a registarem o “aumento do apetite por risco”, o que por sua vez se repercute em Wall street, que obtém os maiores ganhos em treze meses.
Em Portugal, onde os bancos registaram um aumento substancial dos seus lucros, e o desemprego e a corrupção também atingem máximos históricos, o Supremo tribunal acha que os tribunais (isto é, o povo) não têm nada que saber o que raio o primeiro-ministro conversa ao telefone com um pulha. No Parlamento, os eleitos do povo discutem, imperturbável e literalmente, a questão fracturante da igualdade de todos os homens perante o casamento. É a última fronteira.
Entretanto eu, que sou um profissional das artes, confesso que tenho um problema com o mercado que se repercute, em baixa, na minha cotação: há mais coisas que não faço por dinheiro do que as que faço. Não pinto flores literais. Faço alegorias. Esta (acima) é a Alegoria dos cereais.

2 comentários:

CS disse...

Encontrei um poema adequado a esta feliz situação e que recomendo

http://voarforadaasa.blogspot.com/

Cães Danados disse...

CÃES DANADOS AO VIVO


"I House of Rock"
Casa do Povo de Maiorca
Figueira da Foz
05-12-2009 22H00

Cães Danados
Skarface
The Ozzies
Insidus