(Bobine de aço, cabeça de pá, crânio de plástico, pipocas.)
Esta espécie de “instalação” é a minha primeira peça de 2008, executada com “achados” (sucata e detritos da civilização do consumo e do desperdício.)
Se o século vinte foi o século dos totalitarismos, das guerras mundiais, dos holocaustos, dos gulagues, dos bombardeamentos aéreos(maciços e cirúrgicos), da bomba nuclear, etc., etc. - Que nos espera a nós, agora, no século XXI?
Diariamente, nas Bolsas de Valores de todo o “mundo civilizado”, a par da tão sórdida quanto lucrativa especulação com o preço dos combustíveis, viceja uma igual sordidez especulativa com o dos cereais - o que está provocando um tsunami silencioso entre os mais pobres. Todos estes sinais me parecem bem negros augúrios para este início de século XXI.
Tão negros como a derrisão, a crueldade e o humor algo sardónico desta peça que julgo tributária do espírito e da obra desse grande artista mexicano do início do século vinte, José Guadalupe Posada.
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