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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

o meu desenho de Pomar




"Ninguém acredita que não sei desenhar, mas é verdade. Para mim, desenhar é uma coisa que estou sempre a fazer pela primeira vez. O desenho é como escrever, é uma forma de pensar o mundo e o mundo nunca fica pensado. Quando desenho, é sempre uma nova aventura". Júlio Pomar
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Júlio Pomar é um mestre da cor e do gesto impressivo. Mas também do desenho.
Todos os seus desenhos possuem aquilo que Matisse chamava “o arabesco”. Neles, as partes brancas têm tanta importância como as partes pretas. A parte do papel deixada em branco vive sempre em perfeita harmonia com as partes visitadas pelo seu gesto criador. O seu traço vivo e ágil, aparentemente hesitante ou improvisador é sempre preciso, quase cirúrgico como a verdadeira poesia. Para Júlio Pomar desenhar não é um mero exercício académico em que se repetem fórmulas aprendidas – mas sim uma atitude de deslumbramento e de descoberta que partilha com os antigos mestres orientais ou com Matisse. Para eles o desenho é uma maneira de pensar o mundo, refazendo-o. Sempre com emoção. Sempre uma nova aventura.
Júlio Pomar inaugurou na passada Sexta-Feira em Serralves uma exposição da sua obra. Chama-se "Cadeia da relação".
Até ao dia 20 de Abril.
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